Diante de um futuro incerto e volátil, a capacidade de adaptação e a prontidão para enfrentar mudanças são cruciais. Lideranças em inovação precisam estar preparadas às transformações que podem surgir. No entanto, uma pesquisa recente da McKinsey revela que 70% das empresas brasileiras não se sentem totalmente preparadas para reagir rapidamente às transformações do mercado. Esse desafio torna-se ainda mais evidente quando observamos o impacto financeiro: empresas que se adaptaram rapidamente em 2020 e 2021 (período de crise) geraram um retorno aos acionistas 50% maior do que aquelas menos resilientes.
A transformação digital das empresas também pode ser um indicativo de como as empresas estão se preparando para o futuro. De acordo com um índice inédito para mensurar a transformação digital das empresas brasileiras, lançado pela PwC e a Fundação Dom Cabral (FDC), o Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr), 52,4% das empresas adotaram uma abordagem de transformação digital seletiva, realizando pequenos investimentos digitais, enquanto apenas 25,2% delas alcançaram a maturidade necessária para serem consideradas "otimizadoras", investindo em tecnologias avançadas como Inteligência Artificial (IA).
Outra visão sobre as organizações brasileiras que pode ser observada a partir do ITDBr, é em como elas continuam direcionando seus esforços mais para os impactos imediatos ou de curto prazo da digitalização. David Morrell, líder de Customer Experience & Innovation da PwC Brasil, alerta que essa abordagem pode resultar em transformações que não atendem plenamente às necessidades dos clientes, deixando de capturar oportunidades provenientes de novas possibilidades de interação, novos canais e tecnologias inovadoras.
Como comentamos inicialmente, empresas que se preparam às mudanças têm vantagens, inclusive econômicas, em comparação às que não atuam de maneira resiliente. A Inteligência Artificial, por exemplo, está cada vez mais crescente e presente nos negócios, já realizando grandes alterações na realidade das empresas e com promessas de transformar ainda mais. Segundo previsões do Fórum Econômico Mundial, até 2025, esta tecnologia deve eliminar cerca de 85 milhões de empregos.
Quando falamos em investimentos em tecnologias avançadas, como IA, é preciso encarar muito mais como uma necessidade para impulsionar a eficiência operacional e experiência excepcional aos clientes do que uma opção. Além de ampliar a visão para além dos impactos imediatos, a fim de abraçar uma transformação estratégica e cultural que garantirá a competitividade e a sustentabilidade a longo prazo.
Contudo, para que tecnologias como essa não sejam vistas como problema, mas como solução, é fundamental contar com um time inovador que busca aprender e entender como essas ferramentas funcionam, seus impactos, mas principalmente como se relacionar com elas pode ser construtivo. E isso só acontece através de uma cultura organizacional bem construída, tendo o intraempreendedorismo e a inovação norteando as estratégias de toda a organização. Para isso, repensar as estratégias de inovação e transformação digital pode ser um bom começo: entendê-las como prioridade nos negócios, para além de pequenos investimentos seletivos, mas uma abordagem abrangente e estratégica faz toda a diferença.
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